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"Preciso salvar meu casamento"


Esse tipo de relato, ouvimos diariamente no consultório e não é à toa. Há casamentos pelo fio, simplesmente porque a mulher sofre de dispareunia, ou seja, dor durante a penetração vaginal. A dispareunia (que é diferente do vaginismo) pode ter várias causas: Desde a inflamação vulvovaginal até a tensão muscular.

Quando ela é causada por fungos, como por exemplo a cândida vaginallis (candidíase), ou alguns tipos de bactérias, o ideal é procurar um ginecologista, fazer os exames solicitados e tratar adequadamente com medicação oral e tópica (creme vaginal) receitados pelo médico. Porém quando a mulher não tem nenhum tipo de infecção vaginal e mesmo assim refere dor ante a penetração vaginal, isso pode ser causado por tensão muscular e nesse caso, apenas a fisioterapia pélvica pode tratar essa disfunção sexual feminina.

A dispareunia por tensão muscular pode ser causada por traumas sexuais, falta de relaxamento, estresse e ansiedade. É preciso ter consciência de que o corpo humano funciona como um todo e, o que levamos em nossa mente, reflete diretamente em algum ponto muscular . Sabe aqueles pontos de tensão/pontos gatilho que temos na musculatura das costas e causam muita dor? Eles também podem aparecer na musculatura vaginal e prejudicar a relação sexual. Pode também ocorrer em consequência de cicatrizes cirúrgicas como perineoplastia, correção de cistocele (reposicionamento de bexiga, quando ela desce de sua posição anatômica) e episiotomia, que é a incisão feita entre a vagina e o ânus para ampliar o canal do parto. Quando a dor sexual é causada por esses motivos, apenas a fisioterapia pélvica poderá intervir garantindo o relaxamento da musculatura vaginal

O tratamento é simples e sem complicação. É feito de forma vaginal, com um equipamento importado chamado “thera whand”, que vai desativar os pontos de tensão da musculatura. Caso o problema seja rigidez muscular, o tratamento é feito com alongamento manual e exercícios vaginais específicos para levar o músculo à exaustão e dessa forma, propiciar o relaxamento dessa estrutura.

A eletroestimulação, que usa ondas elétricas para aumentar o fluxo sanguíneo da região e relaxar a musculatura, também é utilizada em alguns casos e quando a paciente tem dificuldade em contrair os músculos vaginais faz-se uso do biofeedback perineal, que ensina a paciente a contração de forma correta, além de prescrição de alguns dispositivos vaginais para uso domiciliar.

O tratamento para dispareunia é simples, envolve aprendizado, autoconhecimento e requer da paciente apenas comprometimento e vontade de ser cada vez mais dona de si.

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